A Vida com ele!

A vida com ele – A Saga de um PAI autodidata  –Vieira, meu PAI HERÓI.
Desde criança nós nos identificamos, éramos carne e unha. Quando eu nasci ele tinha trinta e um anos. Era eletro-técnico do Poncion Rodrigues e possuía sua oficina em casa,  na Rua Dr, Francisco Correia, numa vila residencial. do Antônio Tomaz, grande comerciante em Parnaíba.
Papai era paciente, amoroso, sensível, grande coração, muito inteligente, amigo e um profissional exemplar. Construiu sua Fábrica de Gelo com idéias próprias e sempre foi muito econômico. Era um filho amoroso. Tanto é que quando eu fui nascer ele veio morar com a mamãe na casa da vovó Othília.
Quando o Antônio ía nascer depois de seis anos que eu havia nascido ele construiu acasa que serviu de morada a todos nós, inclusive o meu primeiro filho, o Pedro Júnior, nasceu lá, o casarão da Marechal Pires Ferreira, 238...lá papai e mamãe viveram toda a vida até fazerem sua última viagem.
Além dessa casa grande e histórica ele construiu mais dois sítios...era um trabalhador incansável, além de casas de aluguel aqui próximo.
Estava sempre trabalhando em algum projeto novo; eu adorava observá-lo trabalhar e isso me fez aprender muito com ele.
Em 05 de dezembro de 20º3, estava eu passando uns dias na casa dele aqui em Parnaíba, pois nessa época eu fixara residência no Rio, recebi uma ligação do amigo Mário Campos querendo me devolver uns Cds do Sibellius e conversando  sobre as casas do papai, inclusive a que morei quando a Pat ía nascer, ele, Mário, lembrou que havia comprado um chevette nosso e lembrei que nessa época eu andava numa moto 125 para trabalhar e levava os meninos pra escola. Ele Mário, admirou-se de eu dirigir moto, então lembrou-se que o papai andava de motor com mais seis amigos: o João Bosco da Aneliza, o Franklin Véras, Pedro Nicolau, o Zé Moraes da Miriam Castelo Branco, o Arnaldo Marques, o Evandro Marques, irmão deste, e o Zé Moraes, irmão do Joaquinzinho.
Lembrou ainda que eles se reuniam e  faziam peripécias, inclusive andavam em pé, em cima do motor com um pé no assento e outro no guidon. Faziam piruetas no cais do Porto Salgado. Lá existia um barranco alto e eles íam até a parte mais alta, faziam a curva em torno da palmeira antiga e voltavam em grupo para fazer a acrobacia em pé(descrita anteriormente).
No Desfile do Dia 7 de setembro eles também desfilavam garbosamente e ainda colocavam  fixadores  na frente do motor, umas bandeirinhas do Brasil, de tecido, doadas pela Prefeitura...
Eu adorava andar de moto com ele...numa dessas andanças fomos até o Buriti dos Lopes quando ele fazia manutenção nos motores  e geradores de energia do Virgilio Neres Machado.
Bons tempos e muita história pra contar.
Dia 30 desse mês de agosto, se fosse vivo completaria noventa e um anos. Viva você PAPAI, onde estiver, receba essa minha homenagem com você no meu coração, pra sempre. Te amo PAI querido.

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