Yoga

O que é o Yôga (yoga)?

Yôga (yoga) é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi.
Samádhi é o estado de hiperconsciência que só pode ser desenvolvido pelo Yôga (yoga). Samádhi está muito além da meditação. Para conquistar esse nível de megalucidez, é necessário operar uma série de metamorfoses na estrutura biológica do praticante. Isso requer tempo e saúde. Então, o próprio Yôga (yoga), em suas etapas preliminares, providencia um acréscimo de saúde para que o indivíduo suporte o empuxo evolutivo que ocorrerá durante a jornada; e provê também o tempo necessário, ampliando a expectativa de vida, a fim de que o yôgin consiga, em vida, atingir sua meta.
Os efeitos sobre os órgãos internos, sistema nervoso e endócrino, flexibilidade, fortalecimento, aumento de vitalidade e administração do stress fazem-se sentir muito rapidamente. Mas para despertar a energia chamada kundaliní, desenvolver as paranormalidades e atingir o samádhi, precisa-se do investimento de muitos anos com dedicação intensiva.
Por isso, a maioria dos praticantes não se interessa pela meta da coisa em si (kundaliní e samádhi). Em vez disso, satisfaz-se com os fortes e rápidos efeitos sobre o organismo e a saúde.
O Yôga (yoga) ensina, por exemplo, como respirar melhor, como relaxar, como concentrar-se, como trabalhar músculos, articulações, nervos, glândulas endócrinas, órgãos internos, etc. através de técnicas corporais belíssimas, fortes, porém que respeitam o ritmo biológico do praticante. A prática completa do SwáSthya Yôga compreende oito tipos de técnicas (mudrá, pújá, mantra, pránáyáma, kriyá, ásana, yôganidrá, samyama) que vão atuar em oito áreas distintas, promovendo um aperfeiçoamento multilateral.

Qual é o gênero da palavra Yôga (yoga)?

Masculino. Quase todas as palavras sânscritas terminadas em a são masculinas. Isto deveria valer para a corruptela "ioga", pois a regra da nossa língua para esses casos é preservar o gênero das palavras que forem incorporadas ao português.

O Yôga (yoga) é para gente jovem? Então, com mais de 40 anos, não posso praticar?

Claro que pode. De fato, pode praticar com qualquer idade. Mas se você quer a verdade e não a versão açucarada para fins de exploração do consumidor, vai ter que aceitar o fato de que esta metodologia foi criada para gente jovem. Na época em que nossa Cultura surgiu, há mais de 5000 anos, a expectativa média de vida era de menos de 20 anos de idade. Muitos dos que adotavam o Yôga (yoga) atingiam, a partir de então, uma longevidade notável. Mas analisemos o que é ser "jovem".
Juventude é um conceito biológico e não cronológico. Tive muitos alunos jovens com mais de 60 e outros velhos com menos de 20. Não é jogo de palavras. Na verdade, só a você cabe decidir se está jovem ou não. E, caso não esteja, somente você poderá saber se isso é irreversível. Afinal, o Yôga (yoga) não tem uma proposta de revitalização e de rejuvenescimento relativo?
O que precisa ficar bem claro é que o Yôga (yoga) não é uma terapia e não é para a terceira idade. O Yôga (yoga) proporciona saúde e vitalidade, mas se pessoas enfermas ou idosas tentarem praticar, terão que satisfazer-se com uma interpretação tão extremamente simplificada e adaptada que termina comprometendo a autenticidade e transformando-se numa outra coisa que não pode mais chamar-se Yôga (yoga), nem tem a mesma proposta.
O Yôga (yoga) também não é para crianças. É para adultos jovens de 16 anos em diante.

O Yôga (yoga) tem algo a ver com religião?

Não, nada. Uma das demonstrações cabais de que Yôga (yoga) não interfere com a religião é o fato de que as Universidades Católicas do Brasil formam instrutores de SwáSthya Yôga, desde a década de 70. Tenho o privilégio de ter sido o introdutor desse curso e de ser seu ministrante desde então, em quase todas as Universidades Católicas, desde o Rio Grande do Sul até o Norte/Nordeste. Em termos teológicos o que caracteriza a religião é o dogma de fé. Não tendo dogmas, não pode ser religião. O Yôga (yoga) não os tem.
Além disso, o Yôga (yoga) Clássico tem bases Sámkhyas. O Sám-khya é uma corrente naturalista e que, em algumas fases históricas, chegou a ser qualificada, erroneamente, de materialista e ateísta, tal era a sua ausência de misticismo! Então, o Yôga (yoga) autêntico não pode sequer alimentar misticismo algum. Consulte documentação no capítulo Bibliografia discriminada, no livro Tratado de Yôga.
Pessoas de todas as religiões praticam Yôga (yoga), inclusive padres e freiras católicos, pastores protestantes, judeus, budistas e xintoístas. Esse é o caso do Padre Haroldo J. Rham, que no livro Esse terrível jesuíta, da Editora Loyola, na página 138 aparece numa foto praticando sirshásana sobre um colchonete com o nosso logo da Universidade de Yôga (yoga) (o termo Universidade é empregado no sentido lato e arcaico. Não temos curso de 3º grau.).

O Yôga (yoga) é terapia?

Não. Afirmar que o Yôga (yoga) é terapia é o mesmo que declarar que natação ou tênis são terapias. Algumas pessoas podem praticar tênis como "uma verdadeira terapia" ou natação para asma, mas isso não pode desvirtuar a verdadeira natureza do tênis ou da natação, que é a de esporte.
Da mesma forma há quem explore a yôgaterapia, que não é Yôga (yoga) e sim um sistema medicinal inspirado no Yôga (yoga). Esse fato não deve desfigurar a identidade do Yôga (yoga), que é sabidamente uma filosofia. Todos os dicionários e enciclopédias classificam o Yôga (yoga) como filosofia.
Para uma pessoa saudável, o Yôga (yoga) aprimora sua saúde de tal forma que constitui uma excepcional profilaxia, eliminando enfermidades futuras, antes mesmo que se manifestem. Para um praticante que passe por um problema de saúde temporário, o Yôga (yoga) tem a propriedade de reduzir verticalmente a intensidade do mal passageiro e restituir a saúde do yôgin muito rapidamente. No entanto, não se deve procurar o Yôga (yoga) só quando se está precisando.

Para que serve o Yôga (yoga)?

Essa pergunta faz tanto sentido quanto esta outra: para que serve a dança? Ou, para que serve jogar golfe? Ou, ainda, para que serve tocar piano ou pintar um quadro?
Não se deve pensar no Yôga (yoga) em termos de "toma lá, dá cá". Não devemos ir ao Yôga (yoga) em busca de benefícios (nem físicos, nem – muito menos – espirituais!). Devemos ir ao Yôga (yoga) 
se já há algo dentro de nós que nos impele a ele tal como impele o artista a pintar.
Freqüentemente confundem-se os meios com o fim. O fim, ou meta, em qualquer tipo de Yôga (yoga), é o autoconhecimento proporcionado pelo samádhi. Mas como via para atingir esse estado de hiperconsciência, de megalucidez, o SwáSthya Yôga proporciona uma gama de efeitos preliminares que servirão de reforço da estrutura biológica, incrementando a vitalidade, a saúde, a energia e a longevidade para que o yôgin consiga atingir a meta.
Tais benefícios corporais (musculares, articulares, circulatórios, neurológicos, endócrinos) não passam de efeitos colaterais, simples conseqüências secundárias, meras migalhas que caem da mesa principal. Quem se dedica ao SwáSthya Yôga em função dos seus efeitos é como se tivesse sido convidado para uma festa maravilhosa, com gente lindíssima e, ao invés de ir ao epicentro da recepção, tivesse ficado na cozinha, faturando os salgadinhos, e achando que estava sendo muito esperto por levar essa "vantagem".

O que é o SwáSthya?

SwáSthya Yôga é o nome da sistematização do Yôga (yoga) Antigo.
O SwáSthya alcançou grande notabilidade, pois representa o reconhecimento de uma estirpe muito mais ancestral do que o Yôga (yoga) Clássico. O SwáSthya é a sistematização da linhagem Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga (yoga), pré-clássica, pré-ariana, pré-vêdica, proto-histórica: a mais antiga, portanto, extremamente autêntica.
O fato é que jamais alguém se deteve a estudar o Yôga (yoga) primitivo do povo drávida, que floresceu em Mohenjo Daro, no Vale do Indo, a noroeste da Índia. Os atuais hindus são descendentes dos arianos que chegaram milhares de anos depois e subjugaram os drávidas. A partir de então, tudo o que se referia à cultura dravidiana foi condenado à exclusão e ao esquecimento. O Yôga (yoga) sobreviveu graças à sua arianização, o que equivale a dizer, graças à sua deturpação. Mediante a inversão diametral dos valores comportamentais antes vigentes no Vale do Indo, ele se adaptou deixando de ser tântrico para ajustar-se à nova ordem brahmáchárya e, assim, tornou-se aceito pelos áryas vitoriosos na grande guerra de ocupação.
Por isso, quando apresentamos a primeira sistematização mundial do SwáSthya ocorreu algo como uma revolução na história do Yôga (yoga). O mais interessante é que todos os fatos sobre os quais trabalhei eram dados conhecidos e publicados há tempos em obras conceituadas sobre História, Arqueologia, Antropologia, Yôga (yoga), Sámkhya etc. Se houve algum mérito ele foi apenas o fato de combinar essas informações de tal forma que ninguém pudesse negar suas conclusões.
Os que tentam contestá-las fazem-no mediante um discurso tão visivelmente emocionalizado e sem apresentar nenhuma documentação legítima, que perdem a credibilidade.
Sobre isso, não admita questionamentos gratuitos, nem blefes. Exija que o eventual contestador apresente provas, ou seja, um livro contendo os elementos fundamentais da nossa estrutura, conforme estudaremos na próxima questão, e com data de publicação anterior à do nosso Prontuário de SwáSthya Yôga.
O livro mais antigo que encontramos sobre um Yôga (yoga) possivelmente aparentado com o nosso chama-se SwáSthya aur Yôgásana e foi publicado na Índia na década de 80, portanto, muitos anos depois do Prontuário de SwáSthya Yôga ter tido várias edições no Brasil (desde a década de 1960) e na Europa, anos depois dessa obra ter sido introduzida nos mosteiros e bibliotecas públicas da Índia.

Em que consiste o SwáSthya Yôga?

O SwáSthya tem três características principais:
A. sua prática extremamente completa, em oito módulos;
B. a introdução do conceito das regras gerais de execução;
C. a execução das técnicas (ásanas, mudrás, bandhas etc.), formando seqüências encadeadas ou coreográficas.

A.
A prática regular em oito partes denomina-se ashtánga sádhana e é constituída por:
1. mudrá (gesto reflexológico feito com as mãos);
2. pújá (retribuição ética de energia);
3. mantra (vocalização de sons e ultra-sons);
4. pránáyáma (expansão da bioenergia através de respiratórios);
5. kriyá (atividade de purificação das mucosas);
6. ásana (técnica orgânica);
7. yôganidrá (técnica de descontração);
8. samyama (concentração, meditação e samádhi)

B. 
Com a sistematização do SwáSthya, pela primeira vez na História aparece referência a regras gerais de execução em um livro de Yôga (yoga). São regras de respiração, de permanência, de repetição, de localização da consciência e mentalização. Consulte as regras no livro Tratado de Yôga.

C. 
Resgatando uma forma primitiva, perdida na noite dos tempos, é reintroduzida a execução sem repetição e com passagens que estabelecem encadeamentos, constituem 
movimentos de ligação entre as técnicas, permitindo melhor fluidez, numa seqüência que se convencionou chamar de coreografia.
Para compreender melhor, recomendamos que o leitor assista o DVD da Companhia SwáSthya de Artes Cênicas, disponível gratuitamente no nosso site www.Uni-Yoga.org. O que você vai ver é um espetáculo de arte e beleza que transcende sua mais fértil imaginação sobre a imagem das técnicas do Yôga (yoga).

Como foi realizada a sistematização do SwáSthya Yôga?

Ela foi inspirada diretamente nos Shástras e meditando na obra dos Mestres que nos precederam.

Fonte: uni-yôga

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